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terça-feira, 14 de setembro de 2010

E Lula volta a Minas de novo

Para quem apostava que Lula não entraria de cabeça na campanha de Hélio Costa, a surpresa: o presidente estará novamente em Minas na sexta, pedindo votos para o peemedebista e para Dilma Rousseff.

Havia quem acreditasse que Lula não partiria para o embate direto com Aécio, mas as últimas falas do presidente no Estado mostram o contrário. Quer ganhar em Minas para ampliar a base de apoio de um eventual governo Dilma, que, acreditam os petistas, é coisa certa de acontecer.

E tem mais: Lula ainda volta a Minas depois do comício em Juiz de Fora. Que ninguém se surpreenda se o encerramento da campanha de Dilma for feito em Belo Horizonte.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Impressões e dúvidas sobre a (pré)campanha de Dilma

Depois de dois dias por conta da visita que a ex-ministra Dilma Roussef fez a Minas Gerais, ficaram algumas impressões e algumas dúvidas sobre a (pré)campanha dela. A primeira dessas impressões é que ela evoluiu do ponto de vista político. Deixou o discurso "carrancudo" de lado e agora aposta na aproximação com o público. Na palestra desta quarta (07), por exemplo, Dilma pediu um microfone sem fio, deixou o púpito e curtiu uma de presidente Lula ao falar aos jovens dos partidos da base aliada, principalmente do PT, na base do improviso. Apesar disso, a pré-candidata tinha nas mãos uma folha de papel para servir de cola caso fosse necessário. Não falou nada de diferente do que Lula vem dizendo, mas conseguiu se aproximar um pouco mais do público.

Pode até parecer bobagem, mas outra impressão é que a maquiagem da ex-ministra e pré-candidata está mais leve. Tudo isso naturalmente é estratégia de marketing político. Dilma já entrou de cabeça na campanha e na visita a Minas não faltaram beijos e abraços em crianças e populares. Em São João Del Rei, minha competente companheira Juliana Cipriani, do jornal Estado de Minas, percebeu que a preocupação com a imagem da ex-ministra é tão grande que seus assessores cuidaram de levar até ela uma criança, que foi prontamente beijada.

A dúvida é se tudo isso será suficiente para a campanha que Dilma tem pela frente. Ela tem a responsabilidade de representar a continuidade de um mito político, que é o presidente Lula e sua gigantesca popularidade. Apesar de estar se acostumando a falar a possíveis eleitores, Dilma Roussef ainda está muito longe de ter o carisma do presidente, que fala às massas como "nunca antes na história deste país". É esperar pra ver...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O pontapé da Dilma

A ex-ministra Dilma Roussef, pré-candidata do PT à presidência, escolheu Minas Gerais, sua terra natal, para dar o pontapé inicial da campanha. Não por acaso, já que o estado é o segundo colégio eleitoral de todo o país, com 14 milhões de eleitores. Candidato a presidente que quer vencer eleição tem que ganhar em Minas. E Dilma sabe disso. Ela desembarca em Belo Horizonte nesta terça (06), dá entrevistas, vai a Ouro Preto e São João Del Rei e depois retorna à capital mineira para um encontro com empresários na Fiemg e uma reunião com jovens. Uma agenda e tanto.

Tal roteiro é parte do processo de "mineirização" de Dilma. Nem todo mundo sabe que ela nasceu em Belo Horizonte e que saiu daqui na juventude. E a ideia do PT é mostrar isso. Para tanto, a equipe de marqueteiros que cuida da pré-campanha já tratou de colocar uns uais e sôs nas falas da candidata, na tentativa de identificá-la com o eleitorado mineiro. Não será nada estranho se Dilma utilizar o "mineirês" em seus discursos e palestras em Minas já nesta viagem que começa na terça.

Mas a estratégia do PT pode acabar mal. Dilma tem que dosar bem seu sotaque natal para não parecer forçada a ser mineira. E o eleitor mineiro vai perceber se isso acontecer. E mais: pode se antipatizar. Do ponto de vista da estratégia eleitoral, penso, que, neste momento, é mais importante tentar humanizar a figura da ex-ministra, desconstruindo a imagem de dama-de-ferro, e mostrando-a como uma pessoa comum. Mas quem decide são os marqueteiros. Se Dilma vai convencer o mineiro é outra história. Quem viver verá!

sábado, 3 de abril de 2010

Algumas interrogações sobre a entrevista de Aécio à Veja

A entrevista que o ex-governador Aécio Neves deu à revista Veja que estará nas bancas neste domingo (04) é interessantíssima. Ele não tem 92% de aprovação popular à toa. Seus dois mandatos (2003-2006 e 2007-2010), de fato, mudaram a cara de Minas Gerais e entraram para a história. Aécio tem um carisma único e isso também deu a ele a sustentação política de que seu governo precisava. A maior marca de sua administração é o Pro-Acesso, que levou o asfalto a todas as cidades mineiras.

Praticamente tudo isso é dito na entrevista concedida à Veja. Mas existem algumas questões em que Aécio pode ter pisado no tomate. Ele deixou a elegância de lado ao afirmar que a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência, vai enfrentar dificuldades na disputa com o ex-governador de São Paulo José Serra por nunca ter concorrido e nem ter ocupado um cargo eletivo. "Eu acho que, pelo fato de a ministra Dilma nunca ter ocupado um cargo eletivo, há uma grande incógnita. Caberá a ela responder, durante a campanha, a essa incógnita", sentenciou Aécio.

Ora, o ex-governador talvez tenha se esquecido de que seu pupilo, Antonio Anastasia, que agora governa Minas Gerais, também nunca disputou eleição e é candidato ao Palácio Tiradentes este ano. Anastasia é sabidamente competente, mas também não tem experiência eleitoral. Mesma situação de Dilma: inexperiente na política, mas boa técnica. Os tucanos tem pregado que a campanha de 2010 não deve ser de discursos vazios, mas devem tomar cuidado para não protagonizá-los com questões desimportantes. O fato de um candidato nunca ter disputado eleição não significa que ele é incompetente. Que o diga o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.

Hélio Costa com as barbas de molho

Mais uma vez, o próprio PMDB se complica. Pegaram muito mal as declarações do ex-governador Newton Cardoso de que metade do partido não foi ouvida sobre a candidatura do ex-ministro Hélio Costa ao Governo de Minas. O presidente estadual da legenda, deputado federal Antônio Andrade, tentou por panos quentes dizendo que o partido está unido, mas o estrago, a meu ver, já foi feito.

Tal situação só fortalece, no PT, a tese da candidatura própria ao Palácio Tiradentes e, com isso, as coisas podem ficar bem mais difíceis para Hélio Costa, que até então vem liderando todas as pesquisas de intenção de voto. Os petistas vão tentar mostrar a Lula, de qualquer maneira, que a candidatura de Hélio Costa não se sustenta - afinal ele não teria apoio do próprio partido. Some-se a isso o crescimento do novo governador Antonio Anastasia, depois de uma maratona de viagens pelo interior do estado.

O certo é que Hélio Costa deve colocar as barbas de molho. O que parecia certo já não é mais tão certo assim.

Política e polêmica

A partir de hoje, começo a escrever neste espaço principalmente sobre política, uma de minhas paixões. Não é à toa que acompanho as movimentações de nossos governantes e aspirantes a governantes todos os dias. Aqui não é espaço para apenas informação. Vou falar de minhas impressões e opiniões enquanto repórter que acompanha os fatos. Conto com o seu retorno!